cigarrada

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Ecocardiograma O coração é sempre medido furtivamente! Isto é...Quando menos esperamos estão a avaliar-nos as dores, a medir-nos as bondades, a pesar-nos os desgostos, a contar-nos os melindres e a apurar a generosidade sem que demos por isso. Tudo examinado: pulsações, ritmos, batimentos, dilatações. Capacidade de enviar o sangue para as artérias ou o desempenho da sobrevivência, função sistólica e diastólica, válvulas, cavidades com maior ou menos grau de encaixe de ti, dela, dos outros. Probabilidades de regurgitação da mitra e mitrais, derrames do pericárdio ou das lágrimas, tal e qual membranas finas que nos envolvem. Como no outro dia mas sem aviso prévio: dispa-se, vire-se de costas, a cara para a parede e o braço direito no ar. E, assim, somos apanhados na vida como no ecocardiograma, submetidos a avaliação entre colapsos inspiratórios. Enchemos o peito de ar e os máfilas pensam que nos conhecem.